10/08/2007

Adeus grande amigo...

Geralmente preciso de uma inspiração grande para escrever. Ou mesmo algo que tenha ocorrido que me marque profundamente e me comova. Por exemplo, o que aconteceu comigo nesta última semana. Aconteceu exatamente o inimaginável. Só que em dose cavalar. Já fazia tanto tempo que eu não o via, já fazia tempo que eu não sentia. Para uma maior compreensão, eu perdi. Uma perda que não tem volta, e uma despedida sem nenhum adeus. O tempo se encarregou de levar e me disse que não tem volta. A próxima vez que eu vê-lo novamente, será quando a vida se encarregar de me levar também.
Será que passamos os momentos das nossas vidas em “vida” dedicando- se pontualmente em dizer as pessoas o quanto elas significam para nós? Ou passamos a maior parte dele, reclamando de um problema financeiro, ou porquê não possuímos aquilo que a sociedade empurra para obtermos. Por que estamos errando tanto?... Se perdermos mais tempo em poupar as exorbitâncias do que admirar as exuberâncias... Eu estou farta... Eu estou cansada, vulnerável... Ninguém mais tem mais sentimentos fiéis, vivemos dentro de um paradigma corrosivo que nos manipula para criarem seres não mais pensantes e muito menos providos de sentimentos puros, que funcionam trabalhando mais metodicamente do que uma linha de produção automotiva.
Quem ainda sabe amar? Quem consegue compactuar o “ato de amar” sem precisar necessariamente se tratar de um namorado, marido. Não é mais este amor que eu exclamo. Porque este já se perdeu há mais tempo ainda. Afinal de contas, HOJE o amor nasce de um embrião já provido de um protótipo ideal de beleza. Beleza daquelas que vemos nas revistas de moda, que só servem para culpar as pessoas por não conseguirem atingir aquele grau de perfeição laboratorial, QUE NÃO PASSA DE UMA IMAGEM FALSA. Ninguém tem fisionomia Arósio para o resto da vida,mas um coração “Gandhi” todos podemos construir.
Onde se perdeu?Em que momento parou para podermos recomeçar? Em qual dos INDIVÍDUOS encontra-se ainda o ato sublime de olhar os problemas alheios, ou estender a mão ao próximo, ajudar quem precisa de verdade, ou olhar para uma família que precisa de apoio... Os filhos, a esposa...
Quando foi a última vez que você disse ao seu filho que o ama? Que a vida dele é uma obra esplêndida sua?Realmente... Perdeu-se. E porque os valores reais das coisas só se encontram com nossa consciência, quando o tempo encarrega-se de levar todas as suas chances de mostrar para essa(s) pessoas o quão elas significam... O quão elas fazem parte do seu oxigênio, do teu cotidiano,daquele que por ventura você tenha banalizado.
Eu afirmo essas coisas acima, mas eu ainda não tenho a perda total da fé no amor.Eu tenho perda de esperança nas pessoas.O amor está ainda no mesmo lugar. O seu significado ainda continua o mesmo. Nada é suficientemente capaz de apagar o símbolo que esta relíquia têm.Mas quanto às pessoas,eu penso o que predomina na cabeça delas quando pensam em mudar os valores.Com estas minhas indagações, infelizmente eu nao posso mudar muitas coisas. Afinal, alma corrompida não se regenera. Mas eu ainda acredito que existam pessoas melhores, que pensam em construir amor.
Dedico este textos às poucas pessoas que possuem o meu amor por completo.