Família é importante demais, jamais irei contra a
isso. Mas, quero descorrer o quão este símbolo pode ser facilmente perdido
principalmente nos dias de hoje.
A
partir do momento da concepção, sendo ela desejada ou acidental, em guerrilha
ou em paz, por união ou osmose, por amor ou ódio, o conceito de
"família" sofre uma mutação. Se o protótipo ideal de família seria
ter duas pessoas equilibradas, e previamente educadas e, que, teoricamente se
amam, e, daí, decidem criar seus herdeiros até o fim, com educação, disciplina,
valores, e, claro uma boa educação articulada e crítica, que raios as pessoas
insitem em ter filhos a rodo, sendo que, este formato de "família"
descrito já foi facilmente sucumbindo? Eu não me conformo como vemos
facilmente uma massa de pessoas tendo filhos (voluntariamente ou por acidente)
e achando que, na verdade, um bebê, nada mais é do que uma boneca articulada.
Pessoas tendo filhos achando que, eles futuramente, serão obrigados a terem o
discernimento sozinhos de como ser uma pessoa íntegra, sendo que, este próprio
ensinamento foi ausente para os próprios pais. Pessoas que querem,
desejam, sonham, mas que, esquecem que a realidade é totalmente o oposto da
fantasia do conto de fadas dos roteiros de Walt Disney.
Para
discorrer sobre isso eu não quero entrar nos méritos políticos. Sem falarmos do
poder de ir e vir, e, pessoas que realmente querem ter filhos e se acham no
direito, tudo bem. Este discurso não é para você. A minha aflição é para quem
banaliza este assunto - tema que está diretamente ligado a educação - e a
integridade de alguém no futuro. E, a consequência disso, nada mais é que,
filhos crescendo revoltados, pais alienados, pais que, na verdade não são pais,
- pois eles também sentem falta do que não tiveram, e, sofrem angustiados (ou
não) por não poderem dar o que também lhe faltou.
Por isso
isso que acredito que, triste por muitas vezes não é perder um pai, uma mãe, no
decorrer da vida, acidentalmente. Explicações para a morte não são imediatas.
Portanto que, se pelo menos você teve a sorte de ter recebido a educação e os
valores que eles quiserem lhe dar. A morte, claro que é triste. Ela traz
saudade, é lacuna, é vazio. Mas eu só consigo ver, por um outro lado
humanístico que, mais triste do que perder um pai ou uma mãe, (depois de ter
explorado uma história de vivência e sabedoria), é nunca ter tido isso por uma
negligência do passado. É ter uma "família" só de nome, é carregar um
nome que em seu núcleo é só um eco, um nada, paira no ar. Isso eu acho pior,
ser um nada, e resultado de um "sopro" inconsequente.
Não temos muito
poder em relação a isso, mas este tema me tira o sono. Não podemos ter um
controle da natalidade, bem como não podemos liberar facilmente o aborto por
diversas razões ideológicas, (até compreesível muitas vezes) e, também pelo
grito dos direitos humanos. Mas o que se pode fazer, é disseminar cada vez mais
a importância que é a decisão de colocar um filho no mundo. A responsabilidade
é muito maior do que conviver diariamente, levar a escola, e aguentar a
rebeldia na adolescência. Criar, é dar ensinsamentos, é mostrar valores, é
consolidar caráter. E, se quem AINDA não tem um totalmente maduro E
CONSOLIDADO, imagina o que se pode esperar de gerações futuras tendo filhos sem
este modelo. Simplesmente o fim de pessoas críticas, pensantes, e articuladas.
E este modelo não está para acontecer, mas sim, "estar acontencendo."
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